quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Santa Luzia: olhos voltados para o Céu!

Santa Luzia

Santa Luzia: olhos voltados para o Céu!
Santa Luzia pertencia a uma família italiana e muito rica… Mas ela era rica mesmo de coragem: era cristã e isso numa época em que tinha que ser um bocado corajoso para ser cristão, pois se o imperador soubesse, era morte na certa.
Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de uma família importante de Roma, porém pagão. Que enrascada, pois as jovens casavam com quem os pais escolhiam naquela época.
Só que, por graça de Deus, a mãe ficou doente e Luzia convidou a mãe para uma peregrinação até o túmulo de outra mártir: santa Águeda. A mãe ficou curada lá e se converteu ao cristianismo.
Com essa Luzia não precisou casar e pode dividir sua fortuna com os pobres, como era costume entre os primeiros cristãos. Aí já viu: logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Quem fosse preso, tinha que oferecer sacrifícios ao deuses do imperador, aí já viu, né?! Luzia nuuuuuuuuunca faria isso! Torturaram ela, chegaram a arrancar seus olhos, mas ela não desistiu de sua fé em Jesus e, por milagre, olhos novos apareceram no lugar dos arrancados. Luzia deu a vida por Jesus no ano de 303.
Disse antes de morrer com uma espadada: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade”.
Muuuuuitos anos depois, 1894, arqueólogos encontraram em Siracusa, Ilha da Sicília seu sepulcro, com seu nome escrito em grego antigo.
Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa onde ela nasceu.
Quer colorir essa Santa Luzia que eu desenhei? É só clicar nela para ampliar e imprimir…Tia Adelita!
Encontrei esse post no blog

domingo, 8 de setembro de 2013

Corpo de Santa Luzia (Santa Lúcia)



Corpo intacto de Santa Luzia em seu túmulo na cidade de Veneza
Luzia ou Lúcia (Santa Luzia) nasceu em Siracusa, em uma ilha da Cicília, no Sul da Itália, local de viagens missionárias do Apóstolo São Paulo (Atos 28:11, 12), para onde o apóstólo Pedro enviara São Marciano, seu discípulo, em 39, para evangelizá-la; terra também do célebre matemático Arquimedes, um dia visitada, entre outros, por Ésquilo e Platão (este último a convite de Dionísio, o sábio). Ela, Luzia, viveu entre os anos 283-304 do início da era cristã, no período do reinado do Imperador Dioclesiano (284 a 305).
A santa era de família nobre e rica, filha única, órfão de pai ainda na infância. Por isso, sua mãe, Eutíquia, desejou que a filha tivesse um esposo para que cuidasse e amasse a sua jovem e indefesa filha.
 
Luzia foi convertida ao cristianismo sob a dinâmica da devoção dos primeiros cristão aos santos mártires da igreja nascente, sendo ela comovida de admiração e veneração a Santa Águeda ainda criança, quando sua mãe Eutíquia, já viúva de Lúcio (?) seu pai, aceitou Jesus como Filho de Deus. Já mais moça, Luzia consagrou-se a esse Deus, oferecendo-lhe a garantia de sua virgindade como voto perpétuo de seu esposamento divino.
g
Com a mãe, Eutíquia, vitimada por uma doença hemorrágica incurável, Luzia conseguiu convencê-la de peregrinar até o túmulo de Santa Águeda em Cantânia, onde achou que sua mãe conseguiria curar-se, o que aconteceu.
g

 
Mesmo agradecida a Deus e a interseção de Santa Águeda para a sua cura, Eutíquia não queria que Luzia ficasse sozinha quando ela estivesse ausente neste mundo, então insistiu para que sua filha aceitasse o noivado com o nobre e rico Múcio. Luzia não aceitou, em razão de seu voto de castidade, para a fúria da paixão de Múcio, que apesar da grande beleza da pretendida noiva, deveria também está de olho em seu rico dote nupcial, fortuna esta que Luzia se apressou em distribuir aos pobres, antes do suplício que a tornaria lembrada para sempre por várias gerações de admiradores e devotos.
n

Como já era de se esperar, o malvado Múcio denunciou Luzia para Pascásio, Governador  da capital da Provincia Senatorial da Sicília, a cidade de Siracusa. Pascásio, cumpria ordens do Imperador Dioclesiano quanto à perseguição aos cristãos, seita legalmente proibida nas províncias romanas. Diante do tribunal de Pascásio, Luzia confessou-se Cristã e rejeitou adorar os ídolos pagãos de Roma, caracterizando-se, por isso, no entendimeto jurídico romano, como traição aos deuses nacionais. Entre as sentenças, os fatos miraculosos: arrancaram-lhe os olhos (mais a vista foi divinamente restabelecida); prostituição de seu corpo (que os soldados nem sequer conseguiram mover); a de queimá-la em uma fogueira mantida acesa com resina, azeite e pixe (que não lhe fez nenhum efeito) e por fim a sua decapitação, que de fato, que lhe fez tombar: era o dia 13 de dezembro do ano 304. A tradição conta que antes de morrer Luzia anteviu o castigo de Pascácio e o fim da perseguição de Diocleciano (que governava como Augusto), que não voltaria a reinar, e a morte de Maximino (que governava como Cesar).

Deus não deixou que o corpo de Luzia 
fosse violado
Uma devoção que atravessou séculos:
d
Século IV:
O culto a Santa Luzia se espalhou por toda a Itália e mais tarde por toda a Europa e outros continentes, até chegar ao Brasil, com os portugueses. Só em Roma havia vinte igrejas dedicadas à Santa Luzia. Ela foi uma das quatro virgens, junto com as Santas Inês, Cecília e Águeda, que gozavam de ofício próprio e cujos nomes tiveram o privilégio de serem invocados no Cânon da Santa Missa. No mesmo lugar onde ela foi morta teve uma sepultura onde em 313 foi construído um santuário a ela dedicado
h
hJá nos século V e VI:
O tribunal de Pascásio 
julgando Luzia
Mencionada no antigo Martirológio Romano e no Martirológio de Beda, o Venerável, Santa Luzia é ainda mencionada noTractatus de Laudibus Virginitatis e no poema De Laudibus Virginum de Santo Aldheim.
x
Século IX:
Quando, em 878, os árabes conquistaram a ilha da Sicília, o corpo de Luzia foi escondido.
k
Século X:
Mais tarde, em 972, o imperador Otão I tramsferiu as relíquias da santa para a igreja de São Vicente, em Metz, de onde um seu braço foi levado para o mosteiro de Luitburg, na diocese de Spire. Quando os francos conquistaram Constantinopla encontraram algumas das relíquias da santa que o Doge de Veneza levou para o mosteiro de São Jorge, em Veneza.
j
Século XI:
No ano 1039 o general bizantino Giorgio Maniace transferiu o que sobrou do corpo de Santa Luzia de Siracusa a Constantinopla, para tirá-la do perigo de invasão da cidade de Siracusa da parte dos Saracenos (mulçumanos).
g

Corpo desfalecido de Luzia
Século XII:
h
Segundo o monge Sigebert (1030-1112), de Gembloux, no seu sermão de Sancta Lucia, dizia que o corpo de Santa Luzia tinha ficado incorrupto durante 400 anos na Sicília, antes de o Duque de Spoleto conquistar a ilha e o ter levado para Corfinium, na Itália.
n
Século XIII:
No ano 1204 durante a quarta cruzada, o Doge de Veneza, Enrico Dandolo, encontra em Constantinopla os restos mortais da Santa e as leva para Veneza, para o mosteiro de São Jorge e no ano 1280 a faz transferir para igreja a ela dedicada, em Veneza.
Algumas citações se encontram na Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino (1225-1274). Entre os seus devotos encontramos Santa Catarina de Siena e São Leão Magno.
Luzia sendo torturada
Século XIV:
Na obra "A divina comédia", de Dante Alighieri (1265-1321) Luzia, mártir e santa, é apresentada como símbolo da graça iluminante. O imortal poeta italiano agradecia a Santa Luzia pela cura de uma doença nas vistas.
v

Século XVI:


Já no ano de 1513, os venezianos presentearam Luís XII de França com a cabeça da santa que ele depositou na igreja catedral de Bourges. O próprio Dante declarou-se um fiel devoto de Santa Luzia.
g
Século XIX:


Descoberta arqueológica revela o testemunho mais antigo em uma epígrafe marmórea em grego, do século IV, descoberta no ano 1894 nas catacumbas de Siracusa, prova da existência e comprovação de seu martírio.
h
Século XX:
Estátua de Santa Luzia em Veneza-Itália
Em 1939, seu corpo, bastante conservado, foi colocado numa urna nova. O patriarca Ângelo Roncalli, depois papa João XXIII, em 1955 fez com que se confeccionasse uma máscara de prata para envolver as santas relíquias.


 
Século XXI:


Está numa lista sumária de santos, cujos restos mortais não foram deteriorados pelo tempo. No caso de Luzia, este fenômeno sem explicação consensual entre a Igreja e a Ciência, ainda é um mistério, pois Luzia foi martirizada a mais de 1700 anos, confira: Santos incorruptos!


Por Luís Magno Alencar